sábado, 7 de julho de 2012

04 - Para pensar...

Bom, até aqui, vimos o que é o tangran, suas características e uma história sobre como ele pode ter sido criado.  Que tal agora construirmos um tangran? Parece uma tarefa fácil, mas precisamos pensar que em nossa classe temos um aluno cego, um com baixa visão e um surdo. De que forma podemos colaborar com esses colegas? Mas, antes, vejam quem pode ser considerado cego, baixa visão e surdo:

Se alguém possui visão 20/20, isso significa que, quando fica a 6 metros do quadro de teste de visão, é capaz de enxergar o que um ser humano normal enxergaria. Isso foi determinado por pesquisadores oftalmologistas, através do exame clínico de um grande número de pessoas. No sistema americano, o padrão é 20 pés, equivalentes a 6 metros, na unidade utilizada no Brasil. Se alguém possui uma visão 20/40, isso significa que, quando fica a 6 metros do quadro, é capaz de enxergar o que um ser humano normal veria se estivesse a 12 metros, isto é, se uma pessoa normal estiver a 12 metros de distância do quadro e esse alguém estiver a apenas 6 metros, as duas veriam os mesmos detalhes. 20/100 é a visão de alguém que está a 6 metros e consegue ver o que uma pessoa normal veria se estivesse a 30 metros de distância.Após um exame clínico e com correção adequada com lentes, caracteriza-se por deficiência visual a redução ou perda total da visão. Essa caracterização é feita da seguinte maneira (BRASIL, 2007):

- boa ou normal: de 20/20 a 20/40 em pelo menos um dos olhos, o olho de menor visão; 

- moderada: de 20/50 a 20/70;

- grave: de 20/80 a 20/200;

- cegueira: menor que 20/200. 

A cegueira é a perda da visão, em ambos os olhos, tendo menos de 0,1 grau no melhor olho após correção, ou um campo visual não excedente a 20 graus, no maior meridiano do melhor olho, mesmo com o uso de lentes de correção. A cegueira total ou com pequeno resquício de visão, leva o educando como indivíduo a necessitar do método Braille pra compreensão da escrita e leitura, e mais a utilização de materiais didáticos específicos para cada área da educação. 

A visão reduzida (ou baixa visão) é a acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho, após correção máxima. Esta situação permite que o educando leia impressos à tinta, porém necessita da utilização de materiais didáticos especiais, inclusive de materiais ampliados a depender da avaliação funcional feita nos CAPs (Centro de Apoio Pedagógico ao Def. Visual).  (BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Adaptações Curriculares. Secretaria de Educação Fundamental, 1998.)


A deficiência auditiva, trivialmente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, isto é, um indivíduo que apresente um problema auditivo.É considerado surdo todo o individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.A deficiência auditiva é uma das deficiências contempladas e integradas nas necessidades educativas especiais (n.e.e.); necessidades pelas quais a Escola tanto proclama.  Por vezes, as pessoas confundem surdez com deficiência auditiva. Porém, estas duas noções não devem ser encaradas como sinónimos. A surdez, sendo de origem congênita, é quando se nasce surdo, isto é, não se tem a capacidade de ouvir nenhum som. Por consequência, surge uma série de dificuldades na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da comunicação.Por sua vez, a deficiência auditiva é um défice adquirido, ou seja, é quando se nasce com uma audição perfeita e que, devido a lesões ou doenças, a perde. Nestas situações, na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a se comunicar oralmente. Porém, ao adquirir esta deficiência, vai ter de aprender a comunicar de outra forma.Em certos casos, pode-se recorrer ao uso de aparelhos auditivos ou a intervenções cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a fim de minimizar ou corrigir o problema. 

Graus de surdez:

- Leve – entre 20 e 40 dB

- Média – entre 40 e 70 dB

- Severa – entre 70 e 90 dB

- Profunda – mais de 90 dB

                       • 1º Grau: 90 dB

                       • 2º Grau: entre 90 e 100 dB

                       • 3º Grau: mais de 100 dB


Agora que você já sabe um pouquinho sobre seu colega, que tal ajudá-lo nesta tarefa? Lembre-se que depois irão construir um relatório contando um pouquinho dessa experiência de como foi trabalhar com um colega "diferente". Não esqueça de seguir alguns detalhes bem básicos:

a) Seu texto precisa ser limpo, sem rasuras.

b) Deve ser escrito utilizando a estrutura de uma narração.

c) Os componentes de cada grupo deverá apresentar suas impressões sobre o trabalho desenvolvido. Não vale um colega escrever pelo outro! Lembre-se que a deficiência não é um empecilho para seu colega. Ele sabe ler e escrever tanto quanto você.

Bom trabalho a tod@s!


Nenhum comentário:

Postar um comentário